O estilista italiano Giorgio Armani, um dos maiores nomes da moda contemporânea, morreu nesta quinta-feira (04), aos 91 anos. Reconhecido por seu estilo minimalista, elegante e atemporal, o criador deixou um legado que ultrapassou as passarelas e marcou também o cinema e a cultura pop.
Armani é natural de Piacenza, no norte da Itália, nasceu em 11 de julho de 1934, filho de um contador. Chegou a estudar Medicina, motivado pela paixão pela anatomia, mas não concluiu o curso. Após servir ao Exército, começou a trabalhar como comprador na loja de departamentos La Rinascente, em Milão, onde teve seu primeiro contato direto com o universo da moda. Mais tarde, desenhou a linha masculina de Nino Cerruti até fundar, em 1975, sua própria marca, a Giorgio Armani, ao lado do companheiro Sergio Galeotti, falecido em 1985.
Considerado uma das maiores personalidade da moda, o estilista revolucionou a alfaiataria masculina ao desconstruir o terno tradicional, eliminando enchimentos e forros, e criando peças mais leves, confortáveis e ajustadas ao corpo. Sua proposta ganhou força nos anos 1980 e se tornou referência mundial. Pouco depois, ele também conquistou a moda feminina, adaptando seu olhar pragmático e sofisticado ao guarda-roupa das mulheres.
Conhecido como “rei do casual chique”, Armani construiu uma carreira sólida pautada pela discrição e pela coerência estética. Reservado, mantinha sua vida pessoal longe dos holofotes, dedicando seu tempo livre à família, aos amigos e às viagens, muitas vezes a bordo de seu iate. Sem filhos, tinha na sobrinha Roberta uma presença constante ao seu lado.