Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
Meia tonelada de produtos de procedência duvidosa em depósito clandestino no Centro do Rio
Rio de Janeiro
Meia tonelada de produtos de procedência duvidosa em depósito clandestino no Centro do Rio
Suprema Corte dos EUA liberou detenções de imigrantes com base em sua raça ou idioma
Mundo
Suprema Corte dos EUA liberou detenções de imigrantes com base em sua raça ou idioma
Éderson, Gerson, Endrick e mais: Veja jogadores que saíram do radar de Carlo Ancelotti e podem não jogar a Copa do Mundo
Seleção Brasileira
Éderson, Gerson, Endrick e mais: Veja jogadores que saíram do radar de Carlo Ancelotti e podem não jogar a Copa do Mundo
Ex-Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nega omissão sobre fraudes no INSS
Brasil
Ex-Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nega omissão sobre fraudes no INSS
Rio terá dia de 38ºC e rajadas de vento forte nesta terça-feira
Mais Quentes
Rio terá dia de 38ºC e rajadas de vento forte nesta terça-feira
Especialista afirma que afastamento de zagueiro do Flamengo pode gerar indenização; entenda
Flamengo
Especialista afirma que afastamento de zagueiro do Flamengo pode gerar indenização; entenda
CPI das Câmeras vai ouvir os principais ladrões de carros do estado do Rio
Estado
CPI das Câmeras vai ouvir os principais ladrões de carros do estado do Rio

Morre Ziraldo, o eterno Menino Maluquinho

Siga-nos no

Foto: Reprodução

Morreu aos 91 anos o desenhista e escritor Ziraldo, criador de personagens como os de “O Menino Maluquinho” e “Turma do Pereê”. A informação foi confirmada pela família do desenhista na tarde deste sábado (06). Ziraldo morreu dormindo, quando estava em casa, em um apartamento no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio, por volta das 15h.

Também chargista, caricaturista e jornalista, ele foi um dos fundadores nos anos 1960 do jornal “O Pasquim”, um dos principais veículos a combater a ditadura militar no Brasil.

Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932 em Caratinga (MG), onde passou a infância. Mais velho de uma família com sete irmãos, foi batizado a partir da combinação do nome da mãe (Zizinha) com o nome do pai (Geraldo). Leitor assíduo desde a infância, teve seu primeiro desenho publicado quando tinha apenas seis anos de idade, em 1939, no jornal “A Folha de Minas”.

Iniciou a carreira nos anos 1950, na revista “Era uma vez…”. Em 1954, passou a fazer uma página de humor no mesmo “A Folha de Minas” em que havia estreado.

Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No mesmo ano, entrou para o time das revistas “A Cigarra” e, depois, “O Cruzeiro”. Em 1958, casou-se com Vilma Gontijo, sua namorada havia sete anos. Tiveram três filhos, Daniela, Fabrizia e Antônio.

Já na década seguinte, destacou-se por trabalhar também no “Jornal do Brasil”. Assim como em “O Cruzeiro”, publicou charges políticas e cartuns. São dessa época os personagens Jeremias, o Bom, Supermãe e Mineirinho.

No período, pôde enfim realizar um “sonho infantil”. Ele se tornou autor de histórias em quadrinhos e publicou a primeira revista brasileira do gênero com um só autor, sobre a “Turma do Pererê”.

Os personagens eram um pequeno índio e vários animais que formam o universo folclórico brasileiro, como a onça, o jabuti, o tatu, o coelho e a coruja.

A revista deixou de ser publicada em 1964, a partir do início do regime militar. Cinco anos mais tarde, Ziraldo fundou, com outros humoristas, “O Pasquim”.

Com textos ácidos, ilustrações debochadas e personagens inesquecíveis, como o Graúna, os Fradins ou o Ubaldo, o semanário entrou na luta pela democracia.

Ao mesmo tempo que combatiam a censura, Millôr, Henfil, Jaguar, Tarso de Castro, Sérgio Cabral, Ivan Lessa, Sérgio Augusto e Paulo Francis, dentre outros colaboradores do jornal, sofriam com ela.

Um dia depois do AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, Ziraldo foi detido em casa e levado para o Forte de Copacabana.

Em 1969, publicou seu primeiro livro infantil, “FLICTS”. Em 1979, passou a se dedicar à literatura para crianças.

Seu maior sucesso, “O Menino Maluquinho”, saiu em 1980. É considerado um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro em todos os tempos.