O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a suspensão das obras do Jardim de Alah, área tombada entre Ipanema e Leblon. A medida reforça a ação da Associação dos Moradores e Defensores do Jardim de Alah, que reuniu mais de 30 mil assinaturas contra o projeto.
O consórcio Rio Mais Verde venceu licitação em 2023 e prevê a construção de lojas, restaurantes, estacionamento, anfiteatro e esculturas no local. Para o MPF, a concessão contraria a Lei Orgânica do Município e ameaça descaracterizar o patrimônio.
O órgão também aponta risco ambiental, com a derrubada de 90 árvores e possível obstrução do canal que liga a Lagoa Rodrigo de Freitas ao mar. O caso será analisado pelo ministro Herman Benjamin.
Moradores defendem uma revitalização que preserve as características históricas e culturais do espaço, protegido desde 2001 por decreto de tombamento municipal e reconhecido pela UNESCO.