O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciou nesta quinta-feira (14/08) mais um desdobramento da Operação Patrinus, contra policiais militares que atuam na Baixada Fluminense. Pelo menos 8 já foram presos.
Promotores do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp/MPRJ), saíram para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra 10 PMs denunciados por organização criminosa instalada no 39º BPM (Belford Roxo).
De acordo com a denúncia, os policiais recebiam propina semanal de diversos comerciantes para prestar segurança armada a estabelecimentos em Belford Roxo durante o expediente no batalhão.
Os mandados expedidos pela Auditoria da Justiça Militar são cumpridos em endereços na capital, em Duque de Caxias, Belford Roxo, Magé e Nova Iguaçu. A operação conta com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
Em julho de 2025, o Gaesp já havia denunciado outros 11 policiais militares lotados no 39º BPM. Agora, a nova denúncia atinge integrantes de outro setor da mesma unidade, identificados pela investigação como responsáveis por esquema semelhante de cobrança de propina e “concessão de tratamento diferenciado” a comerciantes e prestadores de serviço.
Na denúncia da operação desta quinta-feira, o MPRJ chama atenção para o fato de o esquema criminoso “configurar uma verdadeira subversão da lógica da segurança pública”.
Outras etapas
A 1ª fase da Operação Patrinus foi em maio de 2024, quando 13 PMs foram presos por organização criminosa, corrupção passiva e peculato. A denúncia aceita pela Justiça revelava que o grupo vendia armas e drogas apreendidas em operações de combate ao tráfico em Belford Roxo.
No mês passado, na 2ª etapa da Patrinus, o Gaesp prendeu 9 PMs que faziam essa “segurança privada” durante o expediente. Entre os estabelecimentos que “contrataram” os militares estavam restaurantes, mercados, postos de combustíveis, farmácias, universidades, feiras livres e até um posto do Detran.