Nos salões de beleza brasileiros, as mulheres são maioria, mas recebem em média 19% menos que os homens. O levantamento “Na raiz do PRO”, feito pela L’Oréal em parceria com a consultoria Provokers, aponta ainda disparidades salariais por cor da pele e orientação sexual.
Profissionais brancos ganham 21% a mais que negros, enquanto heterossexuais têm renda 23% superior à dos homossexuais. O estudo mostra que trabalhadores formais recebem, em média, R$ 5.950, valor acima da média per capita do Brasil, mas ainda desigual dentro do setor.
Muitos cabeleireiros acabam se tornando donos do próprio salão, com renda média de R$ 11.200, enquanto autônomos ganham R$ 4.950 por mês. A maioria afirma querer permanecer na carreira, mas destaca a necessidade de cursos de qualificação para avançar profissionalmente.
O perfil do setor revela diversidade: 52% das mulheres são pretas ou pardas, e 15% dos profissionais se identificam como LGBTQIAP+. Ainda assim, desigualdades estruturais se mantêm, reforçadas por limitações de acesso à educação e à formação técnica.
Apesar de movimentar mais de R$ 130 bilhões por ano e contar com 1,3 milhão de MEIs, a profissão carece de regulamentação e curso formal. Para especialistas, é necessário criar um pacto setorial que formalize a educação e valorize a carreira de cabeleireiro no Brasil.






