A OAB-RJ passou a acompanhar as investigações relacionadas à megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte. Para isso, o órgão criou o Observatório de Investigações, que terá caráter permanente e imparcial, garantindo que os procedimentos sigam os parâmetros legais sem qualquer conotação político-partidária.
O grupo será presidido pelo secretário-geral da Seccional, Rafael Borges, com Luciana Pires como vice-presidente. O advogado e professor Nilo Batista atuará como consultor, e o time contará ainda com conselheiros seccionais, entre eles Bruno Fernandes Carvalho, Marcio Gaspar Barandier e Lívia Madeira, que terão a missão de acompanhar de perto o andamento dos inquéritos e assegurar que a sociedade civil tenha acesso às informações.
A megaoperação, considerada a mais letal da história do Rio, resultou na morte de 117 criminosos, todos periciados em esquema especial envolvendo a Polícia Civil e o Ministério Público. Até o momento, 99 vítimas já foram identificadas, das quais 42 possuíam mandados de prisão pendentes, e pelo menos 78 tinham histórico criminal extenso.
Entre os identificados, 40 são de outros estados, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo. O observatório acompanhará se todas as normas legais foram observadas, promovendo transparência e fiscalização das ações policiais diante da sociedade.






