Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) deflagraram, nesta quinta-feira (25), a Operação Breaking Bad, voltada a combater o comércio clandestino de medicamentos controlados pela Anvisa, como Venvanse e Ritalina.
Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em quatro endereços de investigados em Itaguaí, na Baixada Fluminense.
Segundo o delegado Luiz Lima, trata-se de um crime grave:
“É tráfico de drogas, pois são anfetaminas que só podem ser prescritas por médicos e em doses controladas. O uso irregular pode causar dependência.”
A investigação teve início após uma empresa de marketplace identificar anúncios ilegais em sua plataforma. Relatórios apontaram dois perfis — de um homem e uma mulher — que comercializavam os remédios sem autorização sanitária. O dinheiro das vendas era direcionado a contas bancárias em nome da filha de uma das investigadas.
Outra mulher, vizinha dos principais alvos, também foi identificada como beneficiária das transações, recebendo valores em contas próprias.
Os envolvidos poderão responder por tráfico de drogas, associação criminosa e crimes contra as relações de consumo.
Sobre os medicamentos
Venvanse (lisdexanfetamina): psicoestimulante de ação prolongada, indicado para o tratamento de TDAH e, em alguns casos, de compulsão alimentar. Age por até 12 horas e, por ser uma “pró-droga”, só começa a atuar após ser metabolizado, o que reduz o risco de abuso.
Ritalina (metilfenidato): disponível em versões de curta (4h) e longa duração (até 12h). Também usada no tratamento de TDAH, auxilia na concentração e no desempenho acadêmico ou profissional.
Ambos os medicamentos só podem ser utilizados com prescrição e acompanhamento médico. O uso inadequado pode causar efeitos colaterais como insônia, irritabilidade, perda de apetite e aumento da pressão arterial, além de ser contraindicado para pessoas com histórico de problemas cardíacos ou psiquiátricos.