De acordo com a denúncia, os crimes ocorreram entre 2021 e 2024, período em que os policiais estavam lotados no 39º BPM (Belford Roxo). Atualmente, parte dos militares permanece na unidade, enquanto os demais estão no 12º BPM (Niterói), 15º BPM (Duque de Caxias), 20º BPM (Mesquita), no Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) e na Prefeitura de Belford Roxo.
Segundo as investigações do Gaesp, os serviços eram oferecidos e contratados por comerciantes com que os PMs estabeleciam relação de dependência econômica, “comprometendo os princípios da legalidade, moralidade e isonomia no acesso à segurança pública”. Os beneficiados pelo esquema eram informalmente chamados de “padrinhos”.
Entre os pontos que contavam com o serviço dos policiais estavam restaurantes, lanchonetes, mercados, lojas, postos de combustíveis, depósitos, farmácias, clínicas, universidades, funerárias, serviços de mototáxi, transporte alternativo, feiras livres, festas populares e um posto do Detran em Belford Roxo. Os militares denunciados vão responder pelo crime de organização criminosa.
Procurada, a PM informou que equipes da Corregedoria-Geral da corporação acompanham a operação e que os policiais militares são alvos de investigação por envolvimento em atos de corrupção.