O prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou nesta terça-feira (23/12) que “na 2ª semana de janeiro” participará de uma reunião com Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, para discutir sobre o impasse no limite de tráfego Santos Dumont.
Nesta segunda-feira (22), Costa Filho afirmou que no ano que vem o governo aumentará o número de voos no terminal do Centro do Rio de Janeiro, contrariando Paes. “Conversei com o ministro, que sempre foi um aliado na coordenação dos aeroportos do Rio e implementou as medidas que fortaleceram o Galeão e ampliaram a malha de voos do nosso estado”, postou o prefeito.
“Diante das notícias recentes, ficou combinado que na 2ª semana de janeiro teremos uma reunião para avançar com a melhor solução para o Rio e o Brasil”, prosseguiu. “Agradeço ao presidente Lula, que acompanha o assunto com a máxima atenção e sensibilidade em defesa dos interesses do Rio de Janeiro”, emendou.
Na segunda, Costa Filho disse que, após 2 anos com um teto de 6,5 milhões de passageiros por ano, “vai liberar mais 1 milhão, 1,5 milhão de passageiros”. “Isso não vai afetar as operações do Galeão”, afirmou o ministro.
Com o ajuste, o terminal do Centro do Rio poderá encerrar 2026 com um teto de 8 milhões de viajantes.
A Prefeitura do Rio e entidades como a Fecomércio e a Firjan alertam para riscos de desequilíbrio no sistema aeroportuário. Eles temem prejuízos ao Galeão, ao turismo, aos serviços e ao comércio do estado.
Especialistas afirmam que o modelo atual trouxe benefícios econômicos e aumento na movimentação de cargas.
A flexibilização do limite de passageiros no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, de 6,5 milhões para 8 milhões, reacendeu um embate com a Prefeitura do Rio e gerou críticas de entidades do setor produtivo, que alertam para impactos no equilíbrio com o Aeroporto Internacional do Galeão.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer flexibilizar o limite de passageiros do Santos Dumont, no Centro do Rio. A medida pode ampliar para 8 milhões o número de passageiros por ano no aeroporto doméstico, que desde 2024 tem um teto anual de 6,5 milhões de passageiros.
A ampliação será feita de forma gradual, conforme anunciado pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
O limite de 6,5 milhões de passageiros por ano no Santos Dumont foi estabelecido em 2023 e passou a valer em 2024, após um acordo entre a Prefeitura do Rio, o governo federal e o Tribunal de Contas da União (TCU).
O objetivo era equilibrar o fluxo de passageiros entre o Santos Dumont e o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, e evitar a sobrecarga de um dos terminais. A ideia era fortalecer o Galeão, que chegou a operar com apenas 30% da capacidade e teve um terminal fechado antes da pandemia.
O movimento total nos aeroportos do Rio cresceu 23% em 2 anos, segundo dados da Infraero, responsável pelo Santos Dumont, e da concessionária RioGaleão.
De janeiro a novembro de 2023, Santos Dumont e Galeão transportaram juntos 17,6 milhões de passageiros. No mesmo período de 2025, o número subiu para 21,7 milhões.
Os dados mostram também que, após a mudança, o caiu o pela metade o número de passageiros do Santos Dumont (de 10,9 milhões para 5,7 milhões) e mais que dobrou o do Galeão (de 6,8 milhões para 16,1 milhões).






