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Palestinos de Gaza, Nobel da Paz, e Ucrânia foram assuntos de jantar com Trump e Netanyahu

Premiê israelense se reuniu com Trump na Casa Branca para debater o acordo de cessar-fogo em Gaza.

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Na noite desta segunda-feira (7/07), ocorreu o terceiro encontro entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em menos de três meses. Em um jantar privado na Casa Branca, os dois aliados traçaram estratégias para a Faixa de Gaza, mas também discutiram Irã, formas de manter Netanyahu no poder e até uma indicação para o Prêmio Nobel da Paz. A reunião ocorreu a portas fechadas, mas os líderes tiveram uma conversa com a imprensa, os principais pontos em pauta.

Deslocamento de palestinos
Logo no começo da reunião, em uma conversa com a imprensa, Netanyahu disse que seu governo e o de Trump estão buscando países que concordem em receber palestinos que vivem atualmente na Faixa de Gaza. Trump disse que há “ótima cooperação” por parte de países no Oriente Médio procurados por EUA e Israel, mas não especificou se algum deles havia aceitado a proposta.

O primeiro-ministro de Israel afirmou que a parceria daria aos palestinos um “futuro melhor”, sugerindo que os moradores de Gaza poderiam se mudar para países vizinhos.

“Se as pessoas quiserem ficar, podem ficar, mas se quiserem sair, devem poder sair”, disse Netanyahu. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com os Estados Unidos para encontrar países que busquem realizar o que sempre dizem, que querem dar aos palestinos um futuro melhor. Acho que estamos perto de encontrar vários países.”

Esta não foi a primeira vez que os líderes falaram sobre a ideia de deslocar os mais de 2 milhões de moradores de Gaza. Desde que Israel voltou a atacar a Faixa de Gaza, Netanyahu vem mencionando planos de ocupar o território palestino.

No primeiro encontro entre os dois líderes desde o início da nova gestão do presidente dos EUA, em fevereiro, Trump afirmou que os EUA pretendiam assumir o controle da Faixa de Gaza após o fim da guerra. Disse também que queria, inclusive, construir uma “riviera do Oriente Médio”, com um complexo de resorts, no território.

O encontro entre Trump e Netanyahu ocorreu em um momento de suposto avanço para um cessar-fogo entre Israel e Hamas. Na conversa com a imprensa, o líder israelense evitou falar do tema, mas Trump disse achar que o acordo pode ser alcançado ainda nesta semana.

Na semana passada, o presidente norte-americano disse que o governo israelense havia concordado com um cessar-fogo nos termos propostos pelos EUA. Dias depois, o Hamas afirmou ter aceitado o acordo, que, entre outros pontos, propõe a trégua nos ataques israelenses e a troca de prisioneiros palestinos pelos reféns ainda sob poder do grupo terrorista. O texto também prevê a retirada parcial de tropas israelenses de Gaza e discussões sobre o fim definitivo da guerra. Nenhum avanço foi feito desde então, mas uma fonte do governo israelense disse à agência Reuters que o clima nas negociações é positivo.

Armas para a Ucrânia
Durante o jantar com Netanyahu, Trump também afirmou que os Estados Unidos têm que mandar mais armamento para a Ucrânia durante a guerra contra a Rússia. “Temos que fazer isso”, disse Trump quando perguntado sobre o envio adicional de armas para Kiev. “Eles precisam ser capazes de se defender”.

Irã
Trump disse que os Estados Unidos marcaram novas conversas com o Irã para negociar um acordo nuclear. Afirmou ainda que “gostaria de suspender as sanções com o Irã em algum momento”. Antes de viajar a Washington, Netanyahu afirmou que aproveitaria o encontro para agradecer a Trump pelos ataques dos EUA contra instalações nucleares no Irã, no mês passado. Os bombardeios resultaram em um cessar-fogo entre Tel Aviv e Teerã após 12 dias de guerra.

Nobel da Paz
No início do encontro, o primeiro-ministro de Israel anunciou ter indicado o nome de Trump ao Prêmio Nobel da Paz. Netanyahu entregou ao presidente dos EUA uma carta reproduzindo a indicação que ele disse ter sido enviada à organização da premiação, sediada na Noruega. Segundo o líder israelense, a indicação foi feita por conta dos “esforços” do presidente dos EUA em garantir a paz no Oriente Médio. As nomeações para o Nobel da Paz funcionam a partir de indicações, que podem ser feitas por membros de governos, parlamentos ou reitores universitários de todo o mundo, além de integrantes de tribunais internacionais.