Uma pesquisa nacional do Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe), divulgado pela colunista Andreza Matais, do portal Metrópoles, mostra que 72,8% dos brasileiros acreditam que facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) deveriam ser enquadradas como grupos terroristas. Apenas 18,8% discordam da proposta, enquanto 8,4% não souberam ou preferiram não responder.
O levantamento foi realizado entre os dias 3 e 10 de novembro e ouviu 1.010 pessoas por telefone em todo o país. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, com grau de confiança de 95%. O estudo é coordenado pelo cientista político Marcelo Di Giuseppe e tem amostra calculada para refletir o perfil do eleitorado nacional.
Sul e Centro-Oeste lideram apoio à proposta
A pesquisa indica que o apoio à equiparação das facções ao terrorismo é mais alto nas regiões Sul (75,4%) e Centro-Oeste (80,6%). O menor índice aparece no Norte, onde 64,8% defendem a medida. O perfil mais favorável à proposta é masculino (78,7%) e se concentra na faixa etária de 35 a 44 anos (76,8%). Entre mulheres, o percentual cai para 67,5%.
O recorte religioso também mostra diferença significativa: 79,6% dos evangélicos apoiam a medida, contra índices menores em outros grupos. A pesquisa aponta ainda que 85,9% dos eleitores de Jair Bolsonaro em 2022 defendem a classificação das facções como terroristas, enquanto entre os que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva a taxa é de 59,6%.
Declaração de Lula sobre traficantes divide opiniões
O Ibespe também avaliou a repercussão das declarações de Lula sobre usuários e traficantes, feitas em Jacarta, na Indonésia, no fim de outubro. Para a maioria dos entrevistados, o presidente se equivocou.
Questionados se Lula realmente acredita que traficantes sejam vítimas dos usuários, 38,3% responderam que sim, enquanto 43,6% consideram que ele apenas “se confundiu”.






