Um vazamento de gás na plataforma P-40, no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, provocou a paralisação das atividades em diversas unidades da região na manhã desta quinta-feira (18). O incidente aconteceu em meio à greve nacional dos petroleiros, iniciada na última segunda-feira (15).
Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), o vazamento ocorreu em uma linha de alta pressão de exportação. Como medida de segurança, foi realizado um shutdown preventivo na P-40, o que acabou afetando também a produção de outras plataformas interligadas. Os sistemas de segurança foram acionados e os trabalhadores deixaram a área sem registro de feridos.
No momento do incidente, a plataforma estava sendo operada por equipes de contingência da Petrobras, mobilizadas para manter a produção durante a greve. O sindicato criticou essa estratégia e afirmou que a operação com equipes reduzidas pode comprometer a segurança das unidades.
“É mais uma comprovação da irresponsabilidade da Petrobras em tocar as plataformas com equipes de contingência sem saber se elas têm capacidade técnica para isso”, afirmou Alexandre Vieira, coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF. A entidade informou que pretende denunciar o caso aos órgãos de fiscalização.
Em nota, a Petrobras afirmou que a greve não causou impactos na produção nacional de petróleo e que medidas de contingência foram adotadas para garantir a continuidade das operações e o abastecimento do mercado. A empresa não detalhou, até o momento, as causas do vazamento na P-40.
A plataforma P-40 opera desde 2001 e é considerada estratégica pela estatal, com capacidade de produzir cerca de 77 mil barris de petróleo por dia e 1,6 milhão de metros cúbicos de gás natural.






