Os trabalhadores do Sistema Petrobras decidiram entrar em greve a partir da meia-noite de segunda-feira (15), após rejeitarem a segunda contraproposta apresentada pela estatal. A decisão foi tomada depois de semanas de assembleias e reflete a insatisfação com os rumos do Acordo Coletivo de Trabalho de 2025, segundo informações das entidades sindicais.
O impasse envolve temas considerados centrais pela categoria, como os déficits dos Planos de Equacionamento (PEDs) da Petros e a política de cargos e salários. Os sindicatos afirmam que a Petrobras não apresentou respostas efetivas sobre questões discutidas há quase três anos, que afetam diretamente aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa.
Além das divergências sobre carreira e remuneração, a categoria reivindica o fortalecimento da Petrobras como empresa pública estratégica. Esse ponto integra a chamada pauta do “Brasil Soberano”, que pressiona por investimentos, valorização profissional e manutenção do papel da companhia no setor de energia.
Com a rejeição da proposta, os sindicatos devem notificar oficialmente a estatal sobre a paralisação nesta sexta-feira (12), seguindo o prazo legal. Antes disso, aposentados e pensionistas promovem uma vigília em frente ao Edifício Senado, no Rio de Janeiro, reforçando o pedido de avanços concretos para os PEDs. A mobilização ocorre paralelamente a reuniões em Brasília, envolvendo governo, Petrobras e a Comissão Quadripartite.
A Federação Única dos Petroleiros afirma manter disposição para negociar, mas destaca que a greve demonstra o acúmulo de pendências não resolvidas. Em nota, a Petrobras disse que segue em diálogo permanente com as entidades sindicais e que sua proposta contempla avanços, além de reforçar que adotará medidas de contingência, se necessário, para assegurar a continuidade das operações.






