A Polícia Federal indicou que o empresário Luciano Hang, dono da rede Havan, transferiu R$ 5 mil para a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante o período em que ela esteve foragida da Justiça brasileira, entre maio e junho deste ano. O valor foi doado via Pix em uma campanha organizada pela parlamentar nas redes sociais.
O relatório, encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), detalha movimentações financeiras ligadas à vaquinha virtual de Zambelli. Segundo a PF, apenas as transações iguais ou superiores a R$ 500 foram monitoradas. Entre 8 e 24 de maio, a deputada movimentou cerca de R$ 339 mil entre contas em seu nome.
Além de Hang, outros doadores foram identificados, como a empresa LCG Paschoalino Ltda. e o empresário Marcos Adolfo Tadeu Senamo Amaro. Também aparecem transferências de pessoas ligadas à deputada, incluindo a secretária parlamentar Karina Zupelli Roriz dos Santos, que enviou R$ 3,1 mil, e o marido, Antônio Aginaldo de Oliveira, com R$ 2 mil.
De acordo com o relatório, a arrecadação foi estruturada no site carlazambelli.com.br, de propriedade da própria deputada. A página promovia a campanha #JuntosComZambelli, com instruções de depósito e transferência. Familiares da parlamentar também reforçaram a divulgação em redes como Gettr e Substack, inclusive em idiomas estrangeiros, com críticas ao STF e convocações para manifestações.