A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Power OFF, ação que investiga um grupo responsável por realizar ataques hackers sob encomenda contra sites públicos e privados. Segundo a PF, o esquema utilizava plataformas que facilitavam ofensivas contra sistemas oficiais, permitindo que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, contratasse ataques DDoS mediante pagamento.
As investigações apontam que o grupo realizou ataques entre 2018 e 2020 contra órgãos do governo federal, incluindo a Polícia Federal, o Serpro, a Dataprev e o Exército. Nesta fase da operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária em São Paulo e Santa Catarina. Os alvos são suspeitos de administrar as plataformas e também usuários que contrataram os ataques.
Os ataques eram do tipo negação de serviço (DDoS), nos quais sistemas são sobrecarregados por solicitações falsas, impedindo o funcionamento normal de sites e serviços. A operação contou com cooperação internacional do FBI, órgão de investigação dos Estados Unidos.
A ofensiva ocorre um dia após outra operação da PF, que apura ataques coordenados contra sites de parlamentares favoráveis ao chamado PL Antiaborto. Segundo a corporação, páginas dos deputados Eduardo Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Bia Kicis e Paulo Bilynskyj sofreram instabilidade e ficaram fora do ar devido às ações dos hackers. O projeto, discutido no ano passado, propunha equiparar o aborto após a 22ª semana ao crime de homicídio e gerou ampla repercussão.






