A Polícia Federal abriu inquérito para investigar os casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas em São Paulo. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que há indícios de distribuição para além do estado, o que motivou alerta nacional do governo federal.
Até agora, foram confirmadas três mortes e outros seis casos de intoxicação, além de dez em investigação. O metanol é altamente tóxico e pode causar cegueira e morte. A prática de falsificação consiste em adulterar garrafas de gin e vodca de marcas conhecidas, comercializando os produtos em bares e adegas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a situação como “anormal” e informou que o país registra, em média, 20 casos por ano número quase alcançado apenas em setembro, concentrado em São Paulo. O governo publicará nota técnica com orientações para profissionais de saúde.
A PF também apura se há envolvimento do crime organizado. A suspeita é de que quadrilhas que adulteravam combustíveis com metanol possam ter redirecionado o produto para destilarias clandestinas. A recomendação é que a população compre bebidas apenas de fabricantes legalizados e com selo fiscal.