A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11) a Operação Apócrifo, que apura o desvio de cerca de R$ 15 milhões da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, valores destinados ao pagamento de alvarás judiciais foram transferidos de forma irregular a terceiros. As ações ocorreram após denúncias do TRT da 1ª Região.
Os agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em Valença, no Sul Fluminense. As apurações apontam que pessoas sem qualquer vínculo com os processos eram habilitadas como beneficiárias. A inclusão irregular dos nomes permitia que elas recebessem valores liberados pela Justiça.
Um servidor da Justiça do Trabalho foi identificado como principal responsável pela execução da fraude. De acordo com a PF, ele atuava na habilitação dos falsos beneficiários e facilitava a liberação dos pagamentos. O esquema ocorreu de 2022 a 2025 e movimentou milhões em alvarás desviados.
O inquérito foi instaurado com base em informações enviadas pelo próprio TRT-RJ, que detectou inconsistências no sistema de pagamentos. O tribunal forneceu documentos e dados que auxiliaram na investigação. A cooperação institucional foi considerada essencial para o avanço do caso.
Os suspeitos podem responder por peculato e inserção de dados falsos em sistemas de informação. A investigação é conduzida pela Delegacia da Polícia Federal em Nova Iguaçu, que segue analisando documentos e rastreando os pagamentos. A PF afirma que novas diligências não estão descartadas.






