Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
Consumo de álcool cai no Brasil e 64% da população declara abstinência
Brasil
Consumo de álcool cai no Brasil e 64% da população declara abstinência
Secretário do MJ critica divulgação da transferência de chefes do CV no Rio
Brasil
Secretário do MJ critica divulgação da transferência de chefes do CV no Rio
Jogadores emprestados pelo Olaria vivem grande momento no segundo semestre
Esportes
Jogadores emprestados pelo Olaria vivem grande momento no segundo semestre
Rio projeta verão de 2026 como o mais movimentado da história
Rio de Janeiro
Rio projeta verão de 2026 como o mais movimentado da história
Governo lançará fundo de R$ 550 milhões para apoiar comunidades indígenas
Brasil
Governo lançará fundo de R$ 550 milhões para apoiar comunidades indígenas
Light identifica 118 mil “gatos de luz” no Rio entre janeiro e outubro
Sem categoria
Light identifica 118 mil “gatos de luz” no Rio entre janeiro e outubro
PM confirma que artefato em carreta no Rodoanel era simulacro de bomba
Brasil
PM confirma que artefato em carreta no Rodoanel era simulacro de bomba

PF prende o ‘Careca do INSS’ em operação contra fraudes em aposentadorias

Segundo a investigação, ele é o ‘facilitador’ de um esquema de desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS.

Siga-nos no

Repodução

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (12/09) Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, suspeitos de envolvimento nas fraudes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Uma investigação da PF revelou um amplo esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS. Antunes é o lobista apontado pela PF como “facilitador” do caso. A PF afirma que associações e entidades que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.

O prejuízo, entre os anos de 2019 e 2024, pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Em abril, quando a fraude veio à tona, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido.

Antunes foi levado para a Superintendência do Distrito Federal. Neste momento, os agentes também fazem buscas na casa dele. Segundo as investigações, ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024.

Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência.

Os agentes também estiveram na casa e no escritório do advogado Nelson Wilians, na cidade de São Paulo, onde encontraram diversas obras de arte.

Em nota, a defesa dele esclareceu que ele “tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência”.

No total, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF André Mendonça.

Diversos carros de luxo foram apreendidos, incluindo Ferrari, Land Rover, Porsche, Mercedes e até um carro de Fórmula 1.

Como funcionava o esquema
Segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas: Ofereciam pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados de beneficiários; usavam assinaturas falsas para autorizar descontos; criavam associações de fachada, muitas vezes presididas por idosos, pessoas de baixa renda ou aposentados por incapacidade.

As associações cadastravam, sem autorização, aposentados e pensionistas do INSS e passavam a descontar mensalidades diretamente na folha de pagamento. Em muitos casos, os idosos nem sabiam que estavam sendo “associados”. Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade — com erros de grafia idênticos nas fichas, apontando para fraudes.

De acordo com a PF, dirigentes e servidores do INSS recebiam vantagens indevidas para facilitar a inserção dos descontos nos contracheques dos aposentados, enquanto associações de fachada viabilizavam o desvio.

A investigação começou em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Em 2024, após a CGU encontrar indícios de crimes, a Polícia Federal foi acionada.