O PL suspendeu as negociações de uma possível aliança com Ciro Gomes no Ceará depois do conflito público entre Michelle Bolsonaro e os filhos do ex-presidente. A tensão começou quando Michelle criticou o deputado André Fernandes por articular com Ciro para enfrentar o PT no Estado. A reação dos três filhos de Bolsonaro levou o partido a convocar uma reunião de emergência.
Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro defenderam Fernandes e classificaram a postura de Michelle como autoritária, ampliando o desgaste. O encontro na sede nacional do PL reuniu Michelle, Flávio, Fernandes, Valdemar Costa Neto e Rogério Marinho. A avaliação foi de que houve “ruído” na comunicação e que o assunto vazou antes do previsto.
Após a reunião, Flávio Bolsonaro afirmou que a articulação no Ceará está suspensa até que o partido encontre uma solução. Ele disse que desentendimentos do tipo não devem se repetir e que discussões internas serão priorizadas daqui em diante. Segundo o senador, o episódio expôs falhas no processo de negociação estadual.
O PL decidiu que futuras composições e alianças serão tratadas apenas internamente, para evitar novos rachas. A orientação é ouvir lideranças regionais antes de qualquer anúncio público. A sigla defende construir um caminho que fortaleça o projeto nacional do partido para 2027 sem abrir novas frentes de conflito.
Para dirigentes, a crise expõe disputas de influência dentro do grupo bolsonarista e pressiona o PL a reorganizar sua estratégia no Ceará. O partido tenta conter danos enquanto busca uma alternativa viável para enfrentar o PT no Estado, agora sem previsão de retomada do diálogo com Ciro Gomes.






