A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) abriu inquérito para apurar o bloqueio proposital de tubulação de esgoto em um prédio comercial na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste do Rio. A fiscalização da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio (Agenersa) constatou que a concessionária Iguá tampou a saída de esgoto com cimento, supostamente como represália a uma dívida do condomínio.
O tamponamento foi identificado na Avenida Ministro Evandro Lins e Silva 840, durante inspeção realizada na sexta-feira (3). A Agenersa notificou a empresa para desobstruir a rede imediatamente e informou que enviará ofício ao Ministério Público e à DPMA para apuração de possíveis ilícitos penais.
O condomínio afirma que a rede foi fechada em março, mesmo após tentativas de negociação, e que o esgoto segue obstruído. Atualmente, utiliza uma estação privada e caminhão limpa-fossa para a retirada diária dos resíduos. A Iguá alega que notificou a suspensão e que o edifício possui estrutura para armazenamento temporário dos dejetos.
O regulamento estadual proíbe a suspensão do serviço quando há risco ambiental, e o descumprimento pode gerar multa. Na semana passada, o g1 mostrou que a Águas do Rio também é alvo de investigação por bloqueios semelhantes em imóveis comerciais no Centro do Rio.