A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), responsável pela prisão do influenciador youtuber João Paulo Manoel, de 45 anos, conhecido como Capitão Hunter, investiga se ele trocou mensagens com conteúdo íntimo com um menino de 11 anos.
O youtuber foi preso nesta quarta-feira (22) em Santo André pelas polícias civis do Rio de Janeiro e de São Paulo por suspeita de exploração sexual de crianças e estupro de vulnerável.
Na casa dele, em Santo André, celulares e computadores foram apreendidos. Os equipamentos serão periciados para saber se o número de vítimas pode ser ainda maior.
Na saída da delegacia, o advogado de defesa de João Paulo negou as acusações: “Todas essas informações, acusações e imputações são absolutamente inverídicas e serão esclarecidas no momento oportuno”, disse Rafael Feltrin.
A investigação contra João Paulo começou após uma carta escrita por uma menina de 13 anos, que tinha 11 quando conheceu o influenciador em um evento de Pokémon e iniciou conversas com ele.
O influenciador e youtuber é conhecido no universo de cartas e bichos de pelúcia da franquia de desenhos animados e jogos eletrônicos. O assunto foi usado por João Paulo para estabelecer uma conexão com a menina:
“Quando a gente parou de jogar ele foi lá no meu privado pra gente conversar sobre Pokémon… até que ele começou a ficar estranho. Falou pra eu mostrar a parte íntima (bunda) e eu mostrei pensando que era brincadeira. Aí quando ele me mostrou a dele eu me assustei. Desliguei o celular e comecei a chorar”, escreveu a menina.
De acordo com a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), o celular usado para conversar com a vítima pertencia à esposa de João Paulo.
Focado no universo Pokémon de cartas e bichos de pelúcia, Hunter tem mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais.
O youtuber é alvo de um inquérito na Dcav do Rio, que apura a denúncia exploração sexual de crianças, tipificada no Código de Processo Penal como estupro de vulnerável, e produção de cenas de pornográficas com adolescente.






