A Polícia Civil de São Paulo prendeu um dos suspeitos de participar do roubo de 13 obras de arte da biblioteca municipal Mário de Andrade, no centro da capital paulista. Ele foi reconhecido após aparecer em imagens de segurança carregando parte das peças no domingo, dia do furto e do encerramento da exposição “Do livro ao museu”.
Entre as obras levadas estão oito gravuras de Henri Matisse e cinco de Candido Portinari, todas do acervo municipal. O caso é investigado pela 1ª Cerco, que tenta identificar os demais envolvidos e recuperar o conjunto completo. A polícia acredita que o grupo aproveitou a desmontagem da mostra para agir de forma coordenada.
Vídeos mostram dois homens descendo de uma van próxima à biblioteca e observando a movimentação antes de seguir com as gravuras. Um deles, de camiseta clara, aparece carregando as peças e as deixa encostadas em um muro. O outro, de roupa escura, passa ao lado e continua andando, sem recolher o material deixado no chão.
As gravações são consideradas essenciais, principalmente o trecho em que parte das obras é abandonada no local. A polícia busca determinar se outro integrante do grupo retornou para recolhê-las e para onde seguiram após a ação.
A investigação ainda avalia a possibilidade de que as gravuras tenham sido repassadas rapidamente a receptadores especializados. Especialistas apontam que obras de Matisse e Portinari costumam atingir valores elevados em leilões internacionais, o que reforça o interesse de quadrilhas nesse tipo de crime.






