A Prefeitura de Niterói lançou, nesta segunda-feira, o programa Fila Zero, que prevê diminuir a espera por atendimento no sistema público de saúde. A iniciativa propõe aumentar o acesso da população aos exames pela rede privada, que será contratada a partir de uma compensação financeira — uma tabela de valores, já praticada pelo SUS, vai guiar os custos dos exames pelo município.
Segundo a prefeitura, poderão ser contratadas entidades privadas ou sem fins lucrativos. A remuneração dos serviços prestados será feita com base na Tabela SUS-Niterói.
“A gente precisa dar conta desse desafio de zerar as filas de exames. Preciso muito que os profissionais de saúde, na ponta, os médicos de família e as policlínicas façam um esforço concentrado com o comando central da Secretaria de Saúde e o setor privado. Estamos falando de 10 mil exames por mês nessa parceria”, afirmou o prefeito Rodrigo Neves.
A secretária municipal de Saúde, Ilza Fellows, destacou que a demanda por exames aumentou significativamente após a pandemia da Covid-19. Atualmente, cerca de 95% do público-alvo de Niterói está coberto pelo programa Médico de Família e pela rede de atenção básica.
“O programa Fila Zero nasceu para atender uma demanda reprimida de exames e de algumas consultas de especialistas. A proposta é que a gente, a partir de um credenciamento direto com a rede privada, consiga atender essa demanda enquanto reestruturamos a própria rede para poder absorver a demanda natural!”, explicou a secretária.
Segundo a prefeitura, a rede municipal recebe, em média, 8.700 pedidos mensais de exames em casos preventivos. Este número não inclui os exames de urgência, realizados diariamente nas unidades de saúde. Os exames com maior demanda são: ecocardiografia transtorácica, colonoscopia, ultrassonografia mamária bilateral e endoscopia digestiva.
