A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou há pouco aos líderes europeus, durante uma reunião de cúpula da União Europeia, que a assinatura de um acordo de livre comércio do bloco europeu com o Mercosul (composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) será adiada para janeiro.
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A decisão frustra as expectativas do presidente Lula, que esperava receber Ursula na reunião do bloco sul-americano em Foz do Iguaçu, no fim de semana, para assinar o acordo e encerrar mais de 25 anos de uma conturbada negociação.
A Comissão Europeia queria que o pacto, que criaria a maior zona de livre comércio do mundo, fosse selado nesta semana, mas o plano foi frustrado depois que a Itália se somou à França para exigir um adiamento, com o objetivo de buscar maior proteção para o setor agrícola.
Além disso, Bruxelas, sede da União Europeia, foi tomada por protestos violentos de agricultores europeus contra o acordo.
O que é o acordo?
O texto é negociado há mais de 25 anos e criaria a maior zona de livre comércio do mundo. Nesta quinta-feira, os líderes europeus debatiam em Bruxelas se vão apoiá-lo. Com esse acordo, os europeus poderiam exportar produtos como veículos e maquinário aos países do Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Em troca, facilitariam a entrada nos países do bloco de carne, arroz, mel e soja sul-americanos, considerados mais competitivos devido a suas normas de produção; o que os agricultores europeus veem com temor.






