O presidente do Inep, Manuel Palácios, afirmou que “não há qualquer risco técnico” de fraude no Enem 2025, mesmo após a Polícia Federal abrir investigação sobre o vazamento de itens usados em pré-testes. Ele disse que o caso envolvendo o estudante Edcley Teixeira não trouxe prejuízo aos candidatos e não comprometeu o exame.
Palácios explicou que um item memorizado não é suficiente para afetar a segurança do Enem e reiterou que nenhum participante obteve vantagem. Apesar disso, o Inep solicitou a apuração à PF por enxergar um possível movimento organizado para desestabilizar a credibilidade da prova. Agentes realizaram busca e apreensão na casa de Edcley no domingo.
A investigação aponta que o estudante pagava para que candidatos memorizassem questões do Prêmio Capes Talento Universitário, que funciona como laboratório de pré-testes para o Enem. Segundo Edcley, as semelhanças entre as perguntas foram coincidência, e ele negou ter sabido previamente quais itens entrariam na prova.
Especialistas afirmam que o problema está no Banco Nacional de Itens, que há anos não tem o volume ideal de questões. Eles defendem um acervo mais robusto para reduzir a repetição de pré-testes. Palácios, porém, ressaltou que mudanças no Enem precisam ser feitas com cautela e que o instituto trabalha para atualizar suas práticas.
O ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou que o exame está mantido e que o resultado final será divulgado em janeiro de 2026. Ele pediu tranquilidade aos participantes e classificou o Enem como um patrimônio nacional, reafirmando a confiança no processo de avaliação.






