O presidente Lula (PT) abriu a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira (23/09), com fortes críticas às sanções dos Estados Unidos e ao que chamou de extrema direita internacional.
Lula focou seu discurso na defesa do multilateralismo e da cooperação internacional. “Em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar as instituições e sufocar as liberdades, cultuam a violência, exaltam a ignorância, atuam como milícias físicas e digitais e cerceiam a imprensa”, afirmou o presidente.
“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas”, disse Lula, em referência à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele criticou fortemente as ações do presidente dos EUA, Donald Trump, sem citá-los nominalmente.
Em outro trecho Lula foi claro: Nossa democracia e soberania são inegociáveis.
“A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável”, continuou Lula. “A intolerância em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias”, disse, em referência às sanções de Trump contra os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Historicamente, o Brasil é o primeiro país a discursar, seguido dos Estados Unidos. Antes de Lula, o diretor-geral da ONU, o português António Guterres, abre a reunião, seguido pela presidente da Assembleia Geral, a alemã Annalena Baerbock.