Policiais da Delegacia do Consumidor prenderam, nesta segunda-feira (15/09) em um prédio na Tijuca, na Zona Norte do Rio, o médico José Emílio de Brito. O profissional de saúde teria sido o responsável pela realização de um procedimento estético no qual a técnica de segurança Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, morreu, no dia 8 de setembro. Ela teve uma hemorragia interna após ter um rim perfurado durante uma lipoaspiração e um enxerto de glúteos.
Em nome do médico havia um mandado de prisão temporária, com validade de 30 dias, expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. José Emílio de Brito foi localizado e preso por cinco policiais da Decon.
A cirurgia, que teria custado cerca de R$ 5 mil, era um presente de aniversário, celebrado no dia 1º de setembro. A família acusa a equipe médica de negligência, e relata que a clínica, onde aconteceu o procedimento, só acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após as complicações na cirurgia terem se agravado.
Na ocasião dos fatos, a clínica onde foi realizado o procedimento estético, teve o centro cirúrgico, o ambulatório e a farmácia interditados. Duas funcionárias do local chegaram a ser detidas após remédios com data de validade vencida serem encontrados no local. Brito é citado em 14 ações judiciais, todas relacionadas a procedimentos estéticos.
Ele já foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão por homicídio culposo (quando não há intenção). A pena foi substituída por prestação de serviços e pagamento de indenização.
O caso está investigado pelo delegado Wellington Vieira, da Delegacia do Consumidor. A defesa do médico disse que ele não ofereceu resistência ao ser preso e que está confiante no trabalho das autoridades.
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