A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada no sábado (22/11), tornou-se o principal acontecimento político do ano em volume de repercussão nas redes sociais, segundo levantamento da Quaest Pesquisa e Consultoria. O monitoramento registrou 448 mil menções feitas por 128 mil usuários, alcançando um público estimado de 116 milhões de contas.
De acordo com o estudo, 42% das publicações manifestaram posição contrária à prisão — portanto favoráveis a Bolsonaro — enquanto 35% foram favoráveis à decisão judicial. Os dados foram coletados até as 14h, antes da divulgação do vídeo em que Bolsonaro admite ter danificado a tornozeleira eletrônica com um “ferro quente”.
A prisão preventiva também liderou o ranking de menções por hora em 2025, considerando o período entre 6h e 14h de sábado. Em segundo lugar ficou o primeiro dia de julgamento de Bolsonaro no STF, em 2 de setembro, com média de 44 mil menções por hora. A megaoperação policial contra o crime organizado no Rio de Janeiro, em 28 de outubro — que resultou na morte de 122 pessoas — aparece na terceira posição, com 37 mil menções por hora.
A lista completa inclui ainda temas como a aplicação da Lei Magnitsky, a PEC da Blindagem, o embate entre Governo e Congresso e a discussão sobre “adultização” no caso Felca, cada um com seus respectivos picos de menções.
O monitoramento da Quaest considera publicações nas principais redes sociais e em sites de notícias, utilizando ferramentas próprias de coleta e operadores de busca por palavras-chave.
Em uma análise paralela, a Quaest reforça que 447 mil postagens sobre a prisão foram identificadas — número próximo ao do primeiro levantamento — novamente alcançando mais de 116 milhões de contas. As manifestações atingiram o pico entre 9h e 11h de domingo.
Entre parlamentares, predominaram publicações de perfis governistas: 73 deles postaram sobre o tema, contra 12 de centro e 50 da oposição.






