Cerca de duas mil pessoas se reuniram nesta quinta-feira (9) em frente ao Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, para protestar contra a abertura de capital e a possível privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). O consórcio Hidro Rio venceu a licitação para elaborar, em um ano, estudo para a venda de ações da empresa, que registrou lucro recorde de R$ 1 bilhão em 2024.
Movimentos sociais e sindicatos do setor de saneamento, como Sintsama-RJ, Sindágua e Staecnon, alertam que a privatização pode agravar o desabastecimento e o aumento abusivo das tarifas, prejudicando principalmente comunidades periféricas. Parlamentares do Psol e do PT pedem criação de comissão especial na Alerj para acompanhar o processo e fiscalizar o governo estadual.
O ato também destacou a importância da água como direito público essencial e da soberania hídrica do estado. Segundo os organizadores, a abertura de capital da Cedae sem estudos preliminares e transparência pode comprometer a qualidade do serviço, transformando um bem público em lucro privado.
Os manifestantes criticam o que consideram falhas na gestão do governo estadual, alertando que a privatização da companhia integra uma série de ataques aos direitos sociais da população, incluindo aumento de tarifas, descontinuidade no serviço e perda de acesso a recursos essenciais.