Uma quadrilha atuou por pelo menos cinco anos desviando benefícios sociais de cidadãos, burlando o sistema da Caixa Econômica Federal. O grupo utilizava disfarces, como perucas e rostos pintados, além de explorar pessoas vulneráveis para validar cadastros falsos no aplicativo Caixa Tem.
Segundo a Polícia Federal, o chefe do esquema, Felipe Quaresma Couto, era monitorado desde 2022 e foi preso recentemente. Os criminosos contavam com a cooptação de funcionários da Caixa e de casas lotéricas, que forneciam acesso ao sistema mediante propina, que ultrapassava R$ 300 mil.
O grupo recorria ainda a fotos geradas por inteligência artificial e buscava “rostos virgens” de pessoas que nunca haviam sido cadastradas no banco. O objetivo era criar clientes falsos usando dados reais roubados das vítimas, impactando principalmente cidadãos de baixa renda, que tiveram benefícios bloqueados e sofreram desgaste emocional.
Além de Felipe, outro integrante foi preso e quatro permanecem foragidos. Eles responderão por estelionato qualificado, corrupção de funcionários públicos, inserção de dados falsos em sistema e organização criminosa. A Caixa reforçou que segue aprimorando seu sistema de segurança e reconhecimento facial para proteger os usuários.