Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (12) indica que 45% dos brasileiros acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu mais forte após o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizado em 26 de outubro na Malásia. Outros 30% consideram que Lula saiu mais fraco, 10% acham que permaneceu igual e 15% não souberam responder.
O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Além da percepção sobre o encontro, a pesquisa mostra que 50% desaprovam o governo Lula, enquanto 47% aprovam. Os dados revelam também que 67% dos entrevistados apoiam a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro — a mais letal da história do estado.
Outro ponto relevante é que 57% discordam da declaração de Lula de que a operação foi desastrosa, e 46% defendem leis mais rígidas e penas maiores para melhorar a segurança. A preocupação com a violência subiu de 30% para 38% desde o último levantamento, e 73% afirmam que facções criminosas devem ser classificadas como organizações terroristas.
O resultado mostra que o episódio com Trump foi visto de forma positiva por parte expressiva da população. Entre os lulistas, 68% disseram que o presidente saiu fortalecido. Já entre eleitores de esquerda não lulista, o índice sobe para 75%.
Do lado oposto, 60% dos bolsonaristas afirmam que Lula saiu mais fraco do encontro, contra 19% que acreditam que ele saiu fortalecido.
A pesquisa também investigou a expectativa sobre um possível acordo para redução de tarifas entre Brasil e Estados Unidos. Para 51% dos entrevistados, Lula e Trump devem chegar a um entendimento — um aumento em relação aos 48% registrados em agosto. Já os que não acreditam na negociação caíram de 45% para 39%.
O encontro entre os dois líderes, que buscou discutir a relação bilateral e temas comerciais, foi seguido de elogios públicos. No dia seguinte, Trump classificou Lula como “muito vigoroso”, sinalizando uma reaproximação entre os governos após anos de tensão diplomática.






