O rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, o Oruam, se entregou à polícia pouco antes das 18h desta terça-feira (22/07). Mais cedo, a Justiça do Rio emitiu um mandado de prisão preventiva contra o cantor, que se apresentou na Cidade da Polícia acompanhado da mãe e da namorada. “Só pedir desculpa mesmo. Dizer que eu amo muito meus fãs. Eu vou dar volta por cima, tropa. Estou om Deus e tá tranquilão. Sou forte!”, disse Oruam na chegada.
Pouco antes, ele havia postado um vídeo afirmando que iria se entregar. Minutos depois, a conta saiu do ar: “Eu errei. Desculpa aí todo mundo, provar para vocês que não sou bandido”, disse no vídeo. “Vou dar a volta por cima e depois vou vencer através da minha música.”
O confronto no Joá
O pedido de prisão ocorreu após um confronto em uma operação para apreender um adolescente na casa de Oruam, no bairro do Joá, na Zona Oeste do Rio.
O rapper e amigos atacaram policiais e impediram o cumprimento do mandado contra o menor, que conseguiu fugir – ele também se entregou na tarde desta terça. Pedras foram jogadas nos agentes, e um deles ficou ferido.
Segundo a polícia, o adolescente seria ligado à facção criminosa Comando Vermelho (CV), atuaria como segurança pessoal do traficante Doca – chefe do tráfico no Complexo da Penha – e seria um dos maiores ladrões de veículos do estado.
Indiciado por 7 crimes
A Delegacia de Repressão a Entorpecentes indiciou Oruam artista por sete crimes diferentes (entenda): tráfico de drogas; associação ao tráfico; resistência qualificada; desacato; dano qualificado; ameaça; lesão corporal.
Em seu pedido de prisão, a DRE afirma que a residência do rapper se tornou um ‘ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da Justiça”.
A polícia cita também que foram encontradas fotos de Oruam com Doca e com Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, chefe do CV no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.