O Goldman Sachs projeta que o real será a moeda com maior retorno combinado até 2035. O relatório analisa valorização cambial junto aos ganhos proporcionados pelos juros. Segundo o banco, os emergentes seguem favorecidos pelo ciclo global de carry trade.
A projeção estima retorno total de 118% para o real nos próximos dez anos. O cálculo inclui valorização de 8,5% e ganho de 109% via juros domésticos. Peso colombiano e rand sul-africano também aparecem com forte potencial.
A instituição aponta que moedas de países com inflação mais alta hoje tendem a render mais no futuro. Isso ocorre porque contratos de câmbio embutem prêmios que nem sempre se concretizam. Quando o risco não se confirma, parte do prêmio vira ganho extra.
Especialistas, porém, consideram arriscado projetar o câmbio em um horizonte tão longo. Analistas afirmam que moedas emergentes continuam vulneráveis a choques fiscais e a mudanças na política monetária dos EUA. Um cenário adverso pode reverter rapidamente os fluxos.
Ainda assim, o relatório indica que emergentes podem se aproximar de seus valores justos até 2035. Para isso, seriam necessários avanços fiscais, estabilidade institucional e um dólar menos pressionado. Mesmo assim, o próprio banco reconhece que o momento é positivo, mas não isento de riscos.






