O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, afirmou nesta sexta-feira (10) que a restauração de áreas degradadas pode ser economicamente viável. Segundo ele, o setor é capaz de gerar renda e movimentar a economia, sem depender de doações ou ações filantrópicas.
Durante um encontro no BNDES, no Rio, Capobianco destacou que a recuperação florestal é essencial para o país atingir a meta de reduzir em até 67% as emissões de carbono até 2035. Ele também defendeu o avanço rumo ao desmatamento zero até 2030, citando quedas recentes nas taxas da Amazônia, do Cerrado e da Mata Atlântica.
O BNDES anunciou novos financiamentos com recursos do Fundo Clima, incluindo R$ 250 milhões para a Suzano e R$ 100 milhões para o Grupo Belterra, voltados à restauração de áreas degradadas e à produção sustentável. Também foi lançado o projeto Floresta Inovação, com R$ 24,9 milhões para o cultivo comercial de florestas.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o Brasil tem potencial para se consolidar como referência global em silvicultura sustentável, unindo rentabilidade, inovação e preservação ambiental.