As novas restrições migratórias adotadas pelo governo dos Estados Unidos, sob o comando do presidente Donald Trump, já começam a afetar a Copa do Mundo do próximo ano. As medidas dificultam a entrada de cidadãos de alguns países e podem fazer com que até dez jogos da fase de grupos sejam disputados com torcedores de apenas uma das seleções em campo.
O problema ocorre porque, embora atletas e delegações tenham entrada garantida no país, o mesmo não vale para os torcedores, que seguem sujeitos às regras migratórias. Com isso, fãs de determinadas seleções podem enfrentar grandes obstáculos para acompanhar os jogos nos estádios americanos.
Entre os países com restrições parciais estão Senegal e Costa do Marfim, cujas seleções disputarão partidas nos Estados Unidos. Já Irã e Haiti enfrentam bloqueio total de entrada, mesmo estando classificados para o Mundial. As duas seleções jogarão todos os confrontos da fase de grupos em território americano, incluindo o duelo entre Brasil e Haiti, que tende a atrair grande público.
Até agora, dez partidas da fase de grupos são consideradas diretamente afetadas. Esse número pode aumentar caso novas restrições sejam impostas ou se essas seleções avançarem no torneio. Por outro lado, pode diminuir se houver revisão das medidas.
A situação preocupa organizadores e autoridades do futebol, que temem a perda do clima multicultural típico da Copa do Mundo, marcado pela presença de torcedores de diferentes países nas arquibancadas.






