A reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que decidiria nesta sexta-feira o parecer sobre a manutenção da prisão do presidente afastado Rodrigo Bacellar (União), foi adiada para segunda-feira. O recuo ocorreu após pedido da defesa, que alegou não ter recebido o prazo regimental de 48 horas para se manifestar. Com isso, a CCJ terá mais tempo para analisar os argumentos apresentados pela defesa, que busca evitar que a prisão seja referendada pelos deputados no plenário.
O parecer da comissão será definido na segunda-feira, mesmo dia em que o plenário votará a manutenção ou revogação da prisão do parlamentar. A mudança altera o cronograma da Casa, que havia sido acelerado após a prisão de Bacellar pela Polícia Federal. O presidente em exercício, Guilherme Delaroli (PL), havia convocado a reunião em edição extra do Diário Oficial publicada na quinta-feira à noite.
Rodrigo Bacellar foi preso na última quarta-feira por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é suspeito de vazamento de informações sobre a Operação Zargun para o deputado Thiego Raimundo dos Santos, o TH Jóias, preso em 3 de setembro. A Procuradoria-Geral da República afirmou que medidas cautelares seriam insuficientes para conter riscos à ordem pública, à instrução processual e à aplicação da lei penal. O STF considerou também o risco de fuga, a extensa rede de contatos de Bacellar e a possibilidade de intimidação de testemunhas.






