A Prefeitura do Rio iniciou nesta sexta-feira (21/11) as obras do Centro Cultural Rio-Áfricas, consolidando mais um passo na transformação da Pequena África, na Zona Portuária, em um polo de memória, identidade e resistência. O prefeito Eduardo Paes, ao lado do vice-prefeito Eduardo Cavaliere, acompanhou a derrubada de parte da antiga estrutura da Pró-Matre, na Avenida Venezuela, etapa que marca o início da construção. O anúncio ocorre um dia após a apresentação do projeto Praça Onze Maravilha, que prevê mudanças importantes na região da Praça Onze, Catumbi, Centro e Estácio.
Durante o evento, Paes reforçou a conexão da obra com o legado histórico do Porto Maravilha. “A ideia do projeto é consolidar as descobertas feitas nesta área desde a implementação do Porto Maravilha e da descoberta do Cais do Valongo. Mais de um milhão de africanos escravizados chegaram por aqui, e nosso objetivo é narrar essa conexão entre a formação do Rio e o povo africano. Queremos transformar esses espaços em locais atrativos para turistas e para a população”, afirmou o prefeito, acompanhado de arqueólogos, gestores e representantes do movimento negro.
O projeto arquitetônico é assinado por Marcus Vinicius Damon Martins de Souza Rodrigues, do Estúdio Módulo, vencedor do concurso promovido pela CCPar em parceria com o IAB-RJ. A seleção reuniu 36 propostas de arquitetos negros brasileiros e africanos de língua portuguesa. Segundo o arquiteto, a criação buscou diálogo com o entorno. “Trata-se de uma proposta que não visou protagonismo, mas respeitar e dialogar com o Cais do Valongo. Buscamos um enlace entre a ancestralidade africana e o legado da arquitetura moderna brasileira”, destacou.






