O Rio de Janeiro é o estado com o maior percentual de pessoas que já viveram uma união conjugal desfeita, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE. De acordo com o levantamento, 21,4% dos fluminenses já se separaram, seja por divórcio ou pela perda do cônjuge, à frente de estados como Bahia (20,4%) e Sergipe (20,1%).
O resultado, segundo a pesquisadora Izabel Marri, está relacionado ao envelhecimento da população e à mudança nos padrões afetivos. Ela destaca que há hoje uma maior aceitação das dissoluções conjugais e uma população mais madura, que naturalmente apresenta mais casos de separação.
O levantamento também indica que o Rio lidera no Sudeste em número de uniões consensuais, com 38,5% das relações. O número se aproxima do de casamentos civis e religiosos, que representam 39,6% das uniões. O IBGE aponta que o custo e a burocracia do casamento formal têm levado mais pessoas a optarem por uniões estáveis.
As transformações sociais também aparecem na diversidade familiar. No estado, 16% dos lares são chefiados por mulheres sem cônjuge, e mais de 2 milhões de mulheres são responsáveis pelo domicílio. Além disso, o Rio tem o segundo maior número de casais homoafetivos do país, com mais de 107 mil pessoas nessa condição.
Histórias de casais mostram que o formato da relação importa menos do que o compromisso. O professor Leandro Magno, separado há cinco anos, vive uma união estável com a companheira Patrícia e afirma valorizar o respeito mútuo. Já Patrick Campello, casado há 12 anos com Alan, defende a representatividade e o reconhecimento de todas as formas de família.






