A manifestação promovida por artistas em Copacabana, Rio, contra a PEC da Blindagem aprovada essa semana na Câmara, e também contra o projeto da Anistia, levou 41,8 mil pessoas para a praia. Os dados foram divulgados pelo “Monitor do debate político”, da USP, e consideram o público reunido por volta das 16h na altura do Posto 5.
A margem de erro é de 12%, o que significa que o número pode variar entre 36,8 mil e 46,8 mil participantes no momento de pico. A contagem é feita a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial.
Há menos de um mês, um número parecido de pessoas compareceu à praia da Zona Sul, mas para um ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em 7 de setembro, o levantamento da USP contou 42,7 mil pessoas. Na ocasião, o ato contou com políticos, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que discursou em favor da anistia e contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A estimativa de público foi feita pelo grupo Monitor do debate político, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) — coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP) —, em parceria com a ONG More in Common.
Desde as 14h, o público aguardava por nomes de peso da música brasileira, em uma série de manifestações do ato “Brasil nas ruas”, angariadas por artistas em todo o país. No Rio, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Djavan, Ivan Lins, Marina Sena, Os Garotin e Maria Gadú, entre outros, subiram ao trio elétrico a partir das 16h para mobilizar o público. As apresentações ocorreram até por volta de 18h.
Manifestantes realizaram atos nas principais capitais dos estados, e em diversas cidades do país, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e o projeto que anistia pessoas condenadas pelo 8 de janeiro.