O Estado do Rio de Janeiro concentra 45 mil pessoas em situação de rua, do total de 300 mil no Brasil, segundo o Ipea. O levantamento, apresentado em audiência na Alerj, aponta aumento de 38% entre 2019 e 2022, causado principalmente por desemprego, falta de moradia e rompimento de vínculos familiares.
A defensora pública Cristiane Xavier destacou que o Rio é o segundo estado com maior número de pessoas em vulnerabilidade e criticou a baixa verba para habitação. Ela defendeu a adoção do modelo Housing First, já testado no país, que oferece moradia imediata mesmo em casos de dependência química ou transtornos mentais.
O Projeto Ruas ressaltou a importância do contato direto com quem vive nas ruas. A organização realiza rondas semanais em diferentes bairros, atendendo cerca de 1.200 pessoas por mês e oferecendo informações sobre direitos, cidadania e serviços.
A subsecretária de Habitação, Dianne Arrais, informou que o estado atende oito mil famílias com aluguel social e realiza obras em condomínios populares. Parlamentares defenderam um novo censo para atualizar os dados e orientar políticas públicas para essa população.