A Polícia Civil de São Paulo investigou a circulação de etanol adulterado com metanol que causou seis mortes e 38 casos de intoxicação no estado. O combustível vinha de dois postos no ABC Paulista, era levado a uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo e usado para falsificar vodca, gin e outras bebidas.
O esquema era comandado por Vanessa Maria da Silva, com participação do ex-marido, pai e cunhado, responsáveis por produção, envase e distribuição. As garrafas vinham de depósitos próximos aos postos e os produtos adulterados chegaram a bares e adegas de várias regiões da capital.
As investigações apontam que o metanol industrial chegou aos postos por desvios de importadoras e usinas de etanol. Perícias mostraram concentração acima de 40%, um nível altamente tóxico, quando apenas 0,1% já é prejudicial à saúde humana. A Secretaria da Fazenda suspendeu vendas de estabelecimentos envolvidos.
As vítimas confirmadas são Ricardo Lopes Mira, 54 anos; Marcos Antônio Jorge Júnior, 46; Marcelo Lombardi, 45; Bruna Araújo, 30; Daniel Antonio Francisco Ferreira, 23; e Leonardo Anderson, 37. Sobreviventes apresentam cegueira e sequelas neurológicas graves.