Pessoas que se candidatarem para viver ou trabalhar nos Estados Unidos passarão a ser avaliadas quanto ao “antiamericanismo”, incluindo a verificação de suas redes sociais. O anúncio foi feito na terça-feira (19/08) por autoridades dos EUA.
Segundo a atualização de política do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, na sigla em inglês), agentes de imigração poderão verificar se os solicitantes tiveram “qualquer envolvimento com organizações antiamericanas ou terroristas” ou se há alguma “evidência de atividade antissemita”.
A verificação de mídias sociais, já introduzida em junho pelo governo Trump, será ampliada para incluir buscas por qualquer “atividade antiamericana”. O endurecimento faz parte de uma série de ações que podem dificultar a entrada de imigrantes e estudantes internacionais no país.
À CNN, uma autoridade americana afirmou que o Departamento de Estado já revogou mais de 6 mil vistos de estudante somente neste ano. Em junho, o órgão havia orientado embaixadas e consulados a avaliarem os requerentes de visto de estudante por “atitudes hostis em relação aos nossos cidadãos, cultura, governo, instituições ou princípios fundamentais”.
“Os benefícios da América não devem ser dados àqueles que desprezam o país e promovem ideologias antiamericanas”, disse o porta-voz do USCIS, Matthew Tragesser, em comunicado. Ele afirmou ainda que a agência está “comprometida em implementar políticas e procedimentos que erradiquem o antiamericanismo e apoiem a aplicação de medidas rigorosas de triagem e verificação na maior extensão possível”.
A medida também aponta para a Lei de Imigração e Nacionalidade (INA), de 1952, como referência. A legislação proíbe a naturalização de membros de partidos comunistas, de quem defenda o “comunismo mundial”, de autores de materiais que se oponham a “todo governo organizado” e de pessoas que busquem derrubar o governo dos EUA pela força ou violência.