O Sistema Único de Saúde (SUS) completou 35 anos em setembro consolidado como uma das maiores redes públicas do planeta. Mobilizando cerca de 3,5 milhões de profissionais, o sistema alcança cobertura potencial de 70% na atenção primária e realiza mais de 2,8 bilhões de atendimentos anuais.
A trajetória do SUS começou ainda na ditadura, quando movimentos populares reivindicaram atendimento universal. Na Constituição de 1988, o direito à saúde foi garantido a todos e o modelo foi oficializado em 1990. Desde então, tornou-se pilar da cidadania, com destaque para o maior programa público de transplantes do mundo e campanhas de vacinação em larga escala.
Usuários relatam o impacto do sistema em suas vidas. Mattheus Henrique Azevedo, educador físico de São Gonçalo, contou que só conseguiu evitar a amputação da perna graças a cirurgias realizadas pelo SUS. Já a nutricionista Carolina Abel, de Niterói, ressalta que o acesso gratuito a insumos e consultas garante qualidade de vida a pessoas com diabetes tipo I.
Com avanços como telessaúde e mutirões cirúrgicos, o SUS busca ampliar o acesso e reduzir filas, mas ainda enfrenta desafios como o subfinanciamento e a desigualdade regional. Para especialistas, investir em prevenção, fortalecer a atenção primária e expandir a saúde digital são prioridades para que o sistema siga cumprindo seu papel de assegurar o direito à saúde no Brasil.