O café brasileiro enfrenta risco de perder espaço nos Estados Unidos com a sobretaxa de 50% sobre produtos importados do Brasil. A exportação de sacas caiu 20,5% neste ano, mas a receita subiu 30%, totalizando US$ 11,049 bilhões.
Segundo o diretor-executivo do Cecafé, Marcos Matos, outros países como México, Honduras e Colômbia vêm ocupando o mercado norte-americano. O alerta é que o Brasil, líder histórico, pode ser substituído nos blends e perder espaço nas próximas safras.
Para minimizar impactos, o Brasil redirecionou parte do café para Europa, Ásia e países árabes. A Alemanha superou os EUA como maior comprador em setembro, enquanto a queda nos embarques americanos foi de 52,8%, com apenas 332 mil sacas vendidas.
O setor busca diálogo diplomático e inclusão do café em exceções à tarifa, além da diversificação de mercados. Com estoques globais baixos e preços internacionais elevados, a tendência é manter custos altos até o fim do ano, afetando exportadores e consumidores.