A cidade serrana de Teresópolis vai finalmente contar com um sistema completo de esgotamento sanitário, mais de um século após sua emancipação. O projeto marca um avanço histórico em saneamento básico, com investimento total de R$ 286 milhões financiado pelo BNDES, que apoiará a Concessionária Águas da Imperatriz na modernização do abastecimento de água e na implantação da rede de esgoto.
O financiamento será composto por R$ 250 milhões em debêntures incentivadas, R$ 31 milhões do programa EcoInvest e R$ 5 milhões do BNDES Finem, cobrindo quase metade do valor total do projeto. Outros R$ 250 milhões foram captados no mercado financeiro, com a participação de 11 gestoras e 274 fundos.
Atualmente, grande parte do esgoto de Teresópolis é lançada sem tratamento em rios como o Paquequer, poluindo mananciais e afetando municípios vizinhos. Até 2029, o objetivo é tratar 70% do esgoto urbano, podendo chegar a 76,5%, com a construção de duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), 85 quilômetros de redes coletoras, 25 estações elevatórias e mais de 4 mil novas ligações.
O plano também inclui a ampliação do sistema de abastecimento de água, com meta de universalizar o acesso para 99% da população até 2029. Serão instaladas quatro novas Estações de Tratamento de Água (ETAs) equipadas com tecnologia moderna de filtragem, o que garantirá segurança hídrica e redução de perdas.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o projeto representa um marco ambiental e social. “Esse investimento soluciona um problema histórico de poluição dos rios e melhora a saúde e a qualidade de vida da população”, afirmou.
Com renda per capita entre as maiores do estado, atrás apenas de Niterói, Rio, Resende e Macaé, Teresópolis agora busca aliar prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental, consolidando-se como uma referência em gestão urbana e qualidade de vida na Serra Fluminense.