A trigésima edição do Trem do Samba voltou a transformar os trilhos da SuperVia em palco sobre rodas. O primeiro trem, que partiu da Central do Brasil às 18h04, manteve a tradição do horário quebrado, referência ao momento em que Paulo da Portela e seus companheiros bambas retornavam do trabalho no início do século XX. A saída deu início a uma noite em que samba, memória e celebração viajaram juntos até Oswaldo Cruz.
A partir das 18h24, o público garantiu embarque trocando um quilo de alimento não perecível por passagem. Os trens seguintes — às 18h44, 19h04 e 19h44 — partiram lotados, todos com rodas de samba fervendo em cada vagão.
Pelo trajeto, grupos de sambistas reavivaram a tradição do ritmo que nasceu nos terreiros da Tia Ciata, ecoando pandeiros, vozes e histórias pelos trilhos da Leopoldina.
Enquanto os trens seguiam viagem, quem ficou na Central também curtiu o clima de festa.
O tradicional esquenta reuniu nomes como Marquinhos de Oswaldo Cruz, as velhas guardas de Mangueira, Salgueiro, Império Serrano e Vila Isabel, além de artistas como Makley Matos, Gisa Nogueira, Didu Nogueira, Osmar do Breque, Ernesto Pires e Marquinhos Sathan, entre outros.
“Antes de ser aniversário do Trem do Samba, é aniversário de vocês. Porque, se não fosse por vocês, isso não existiria”, discursou o organizador, Marquinhos de Oswaldo Cruz.
Em Oswaldo Cruz, o bairro se transformou em reduto do samba. Três palcos recebem shows de Leci Brandão, Roberta Sá, Dudu Nobre, Dorina e da Velha Guarda da Portela, entre vários outros nomes que se revezaram até o fim da noite.






