Equipes de construção começaram nesta segunda-feira (20/10) a demolição de trechos da Ala Leste da Casa Branca, dando início às obras do novo salão de baile do presidente Donald Trump. Segundo o mandatário, o espaço será “totalmente modernizado” e ficará próximo à estrutura existente, sem interferir no prédio histórico.
O projeto, estimado em US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,43 bilhão), é financiado por recursos privados, mas não teve a divulgação dos doadores. A construção envolve a empresa Clark Construction e o escritório McCrery Architects, responsáveis pelo projeto arquitetônico, enquanto o serviço secreto cuidará de adequações de segurança. Trump já publicou nas redes sociais imagens das obras, destacando a Ala Leste como “separada” da Casa Branca, embora conectada ao edifício principal.
Especialistas, como Robert K. Sutton, ex-historiador-chefe do National Park Service (NPS), manifestaram preocupação com a ausência de um processo de revisão detalhado para obras em um edifício de importância histórica global. Organizações como a Society of Architectural Historians e o American Institute of Architects também pedem maior transparência e cautela, considerando que a Ala Leste não passa por grandes alterações externas desde 1942.
Historicamente, presidentes americanos têm implementado mudanças significativas na Casa Branca, incluindo reformas estruturais e adaptações de áreas como quadras e piscinas. No entanto, a escala e o impacto do novo salão de baile de Trump têm gerado debate sobre preservação, estilo pessoal e legado histórico da residência presidencial.