O avião de pequeno porte que caiu no mar da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no sábado, foi retirado da água no início da tarde deste domingo (28/12). A operação contou com um rebocador equipado com guindaste, responsável por içar a estrutura da aeronave, que agora será submetida à perícia técnica.
O acidente provocou a morte do piloto Luiz Ricardo Leite de Amorim, de 40 anos, único ocupante do monomotor. Com a retirada do avião, a investigação entra em uma nova fase, concentrada na análise detalhada da aeronave para esclarecer as circunstâncias da queda.
A queda ocorreu pouco depois do meio-dia, entre os postos 3 e 4 da praia, na altura da Rua Santa Clara. Apesar do grande movimento na orla e da presença de motos aquáticas e embarcações no local, ninguém além do piloto ficou ferido.
Testemunhas relataram ter ouvido um forte estrondo antes de a aeronave atingir o mar. Em seguida, a faixa de propaganda rebocada pelo avião se desprendeu e também caiu na água.
De acordo com a prefeitura do Rio, a empresa proprietária da aeronave, a Visual Propaganda Aérea, possui alvará para atuar com publicidade aérea, mas não havia solicitado autorização específica para o voo realizado no sábado. Por esse motivo, a empresa será autuada.
Representantes da companhia informaram que aquele era o primeiro voo do piloto nessa modalidade, que exige procedimentos operacionais específicos. A Secretaria municipal de Ordem Pública afirmou que realiza fiscalizações regulares para coibir irregularidades em atividades econômicas na cidade.
Segundo banhistas, cerca de dez minutos após a queda do monomotor, outras aeronaves que sobrevoavam Copacabana interromperam as atividades. A publicidade aérea é comum no litoral carioca, especialmente em períodos de grande fluxo de pessoas, com faixas que divulgam desde aplicativos e apostas on-line até campanhas e produtos tradicionais.
Com a retirada da aeronave do mar, as autoridades esperam avançar na apuração e esclarecer se o acidente foi causado por falha técnica, erro humano ou descumprimento de normas operacionais.






