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Vilma Nascimento: Governo Federal cobra explicações do Aeroporto de Brasília

Histórica porta-bandeira da Portela, de 85 anos, foi obrigada a esvaziar a bolsa diante da uma segurança da loja Duffry

A Secretaria Nacional do Consumidor notificou, nesta sexta-feira, 24/11, o Aeroporto de Brasília sobre o caso de racismo contra a histórica porta-bandeira da Portela Vilma Nascimento, de 85 anos, na loja Duffry. Vilma foi obrigada a esvaziar a bolsa diante da uma segurança da loja, na última terça-feira, 21/11, um dia após receber uma homenagem na Câmara dos Deputados pelo Dia da Consciência Negra.

A Senacon pediu que a Inframerica, concessionária responsável pelo Aeroporto de Brasília, envie, em até 24h, quatro pontos para explicar o que aconteceu. Antes de ser notificada, a concessionária havia divulgado nota onde diz que “repudia qualquer tipo de ação discriminatória”.

A medida foi tomada após o secretário nacional do consumidor Wadih Damous ligar pessoalmente para Danielle Nascimento, filha de Vilma, que presenciou a cena e fez o registro que viralizou nas redes sociais. O secretário também postou em suas redes sociais sobre o caso de racismo.

Segundo o neto, Bernard Nascimento, Vilma estava à espera do voo na companhia da filha Danielle Nascimento quando decidiu comprar um refrigerante na loja. Viu perfumes, saiu da loja sem comprar e, momentos depois, retornou para, então, comprar a bebida.

Na volta, foi abordada por uma segurança, que teria dito que precisava ver a bolsa dela em um lugar reservado. A filha já havia comprado chocolates, e conta que também chegou a ser abordada, mas que a fiscal queria que Vilma abrisse a bolsa.

Vilma chegou a dizer que abriria a bolsa na presença da polícia, mas a filha começou a gravar e diz que insistiu que ela abrisse por causa da proximidade com a hora da decolagem. 

“Minha mãe ficou surpresa, revoltada e envergonhada porque a revista foi no meio da loja na frente de clientes e outras pessoas. Foi muito constrangedor”, conta Danielle.

Nenhuma irregularidade foi encontrada, segundo a família, e nenhum outro passageiro foi revistado. A família afirma que eles não pediram desculpas pelas abordagens, e citam a cor da pele como potencial motivo.

“Estamos tristes e traumatizadas até agora. Foi um absurdo!! Cheguei a perguntar se ela estava fazendo isso conosco por causa da nossa cor”, escreveu a filha nas redes sociais.

O neto conta que o emocional de Vilma está abalado desde então, e que a glicose dela está alta por conta disso. “Por causa do emocional desregulou. Quando ela fala disso, ela chora, super abalada”, diz.

Fiscal foi afastada

A Duffry Brasil, empresa do Grupo Avolta onde Vilma foi abordada, divulgou nota pedindo desculpas publicamente pelo “lamentável incidente”. A empresa diz que a abordagem foi “absolutamente fora do padrão” do grupo e que a fiscal de segurança foi afastada de suas funções.

A Duffry diz ainda que está reforçando todos os procedimentos internos e treinamentos dos funcionários para evitar que esse tipo de situação se repita.