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Violência armada custou R$ 556 milhões ao SUS em dez anos

Pesquisa aponta alto custo de internações e elevada letalidade no país

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A violência armada no Brasil consumiu R$ 556 milhões em recursos federais da saúde pública nos últimos dez anos, apenas com internações hospitalares de vítimas de ferimentos por arma de fogo. Os dados fazem parte da 3ª edição da pesquisa “Custos da Violência Armada: gastos da saúde pública com atendimento de vítimas de armas de fogo”, divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Sou da Paz.

Somente em 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 42,3 milhões para atender 15,8 mil internações provocadas por disparos. O estudo aponta que o custo médio de uma internação por arma de fogo chegou a R$ 2.680 no ano passado — valor 159% maior do que a média dos demais atendimentos hospitalares financiados pelo governo federal.

Entre 2015 e 2017, os gastos atingiram o pico, superando R$ 70 milhões anuais. A partir de 2018, houve uma trajetória de queda contínua, resultando em uma redução acumulada de 42% nos custos ao longo da década. Mesmo assim, a média anual de despesas permaneceu elevada, em torno de R$ 56,6 milhões.

O levantamento também mostra que a redução dos gastos acompanha a diminuição no número de internações, que caiu 35% entre 2015 e 2024. No entanto, a queda desacelerou recentemente, com redução de apenas 3% entre 2023 e 2024.

A maioria das hospitalizações está ligada a eventos intencionais. Casos de agressão por terceiros representam 77,3% das internações, enquanto lesões autoprovocadas com arma de fogo correspondem a 3,5%, totalizando mais de 80% das ocorrências.

Em relação às mortes, o estudo revela um cenário ainda mais grave. Ao longo de todo o período analisado, o número de óbitos por arma de fogo foi cerca de duas vezes maior que o de internações, evidenciando a alta letalidade da violência armada no país. Em 2024, foram registradas 29,9 mil mortes por disparos, mantendo o Brasil entre os países com maior número absoluto de vítimas desse tipo de violência.